Thursday, May 31, 2007

DRINK COM AS ESTRELAS AGORA & DESCONCERTOS NO SÁBADO

Estou indo para o banheiro passar rímel e blush e ficar glamurosa para ser entrevistada por Odilon Alleyona, estrela absoluta do Drink com as Estrelas, no Puri, que fica na Augusta, 2052. Que porra é essa? Não dá tempo de explicar. Lê aqui e aqui.

E sábado, lá no Desconcertos da Rusvel, estarei lendo uns textos e cantando uns blues com o Brum. Isso vai ser do caralho. Estarão lá também Alessandro "Robopoc Lindão" Bartel, Wiltão Andrade e Fabiana Faleiros.



E eu tenho que ir.

Adieu

Friday, May 25, 2007

eu não vou sair do sereno.
eu preciso do sereno, sabe?
eu preciso da rua, eu preciso da noite, eu preciso da lua lá em cima da minha cabeça, eu preciso do conhaque esquentando as minhas veias, eu preciso, eu preciso de tudo isso.
a nina simone também precisava.
a amy winehouse também precisa.
o bukowski também precisava.
o leminskão, nem se fala.
todo o meu universo fica debaixo do sereno.
eu não vou sair do sereno.
eu não vou ser serena.
eu não sou serena, eu nunca fui serena e eu não vou sair do sereno.
eu tenho vinte e oito anos e vivi todos eles assim.
eu vou ficar aqui no sereno
e é assim que as coisas saem do jeito que saem.
debaixo do sereno.
senão não faz nenhum sentido.
pra que ter voz se eu não tiver o que cantar?

sex is violent
sex is violent
sex is violent
sex is violent
sex is violent
sex is violent
sex is violent

Thursday, May 24, 2007

A sem-vergonhice não tem limites

O Senador Marcelo Crivela está prestes a aprovar, no Senado Federal, uma emenda à Lei Rouanet que permite a construção e reforma de templos religiosos com renúncia fiscal, passando a disputar verbas com a cultura. Pode? Não pode. Mas não pode mesmo.
Quem for contra (fala sério... Quer dizer, o cara é sobrinho do EDIR MACEDO) deve se manifestar o quanto antes. Assine a petição no site e repasse a informação a todos os seus contatos.

Quem quiser saber mais, aqui.

Grata.

Que pouca-vergonha.

Wednesday, May 23, 2007

INFERNO ASTRAL

ninguém mais consegue chegar aqui.
preciso que alguém consiga chegar e rasgar essa névoa de solidão que se criou à minha volta.
preciso, preciso agora que alguém consiga desmontar todos os tijolos que eu montei e acimentei, um a um, sem notar.
preciso agora que alguém me mate, que alguém me arregace o peito, arrombe essa porra dessa porta, eu quero que alguém ateie fogo a esta casa, a este corpo, preciso que alguem incendeie este corpo com alguma coisa, que alguém me pegue e não me pergunte e me cale a boca agora.
alguém que veja a face de deus nas coisas quebradas e na sujeira.
alguém que tire a ferrugem das minhas juntas sem quebrar nada.
e que consiga tirar o pó da minha pele
como de um livro raro da estante.
eu preciso me acostumar que todo ano tem isso e é sempre assim.
depois passa.
mas eu sempre vou até o fim
mesmo que não haja nada lá.

Saturday, May 19, 2007

eu quero saber por que você não me pára
você nunca me pára
e nem me diz nada
você me deixa falar tudo sozinha
eu falo sozinha há meses
falo falo falo
falo tudo
e você escuta tudo
e nunca fala nada
mas também não me pára
me pára
ou me acelera
mas faz alguma coisa
alguma coisa qualquer coisa
nem que seja
me dizer um não
um RECUSADO
mas alguma coisa qualquer coisa
antes que

Thursday, May 17, 2007

28



Tchau, minha querida.
Eu vou lembrar de você bem. Eu vou lembrar de você rindo, caminhando daquele jeito rebolado de santista, falando, falando, me chamando de honey e bem. Eu sei que a sua alma está pura e limpa e intacta e que você está num lugar bom e em paz. Fica em paz, amiga.

Tuesday, May 15, 2007

TEMPLATE NOVO: AGORA SIM - SHOW: AGORA SIM

MARCUS SCHLEDER: OBRIGADAOBRIGADAOBRIGADAOBRIGADAOBRIGADA.


Tô indo pra Porto Alegre tocar com a Identidade no Garagem Hermética no Sábado. Só Stones.

Maiores informações agora mesmo.



Eles se encontraram por acaso no Bahia, na Rua Augusta.
Ela era gaúcha. Eles não sabiam.
Ela era de Porto Alegre. Eles, de Lagoa Vermelha.
Eles achavam que ela se chamava Brenda e era uma paulistana ensandecida.
E ela não sabia o quanto eles eram bons.
Foi um dia na FunHouse, em São Paulo, que ela descobriu.
E quase subiu no palco para cantar uma dos Stones. Mas o Beto Bruno, da Cachorro Grande, foi mais rápido.
Ela era a Clarah Averbuck, escritora e vocalista.
Eles eram os garotos da banda Identidade.
E agora eles finamente vão tocar aquele Stones que ficou faltando naquele dia.
Aquele não. Aqueles. Um show inteiro, aliás.
Deleitem-se com a primeira banda de que se tem notícia com uma dama cantando Rolling Stones. Não fazendo as vezes de Mick Jagger, mas dela mesma. Uma mistura de doçura e fúria contida.
Eles você já conhece. Puro rock’n’roll sem sobrenome, sem mistureba, sixties hoje sem soar bolorento. Rock’n’roll mesmo. Hoje. Aquele.
Aquele que ela gosta.

Clarah Averbuck era vocalista da extinta Jazzie & Os Vendidos, banda de formação peculiar que quase dominou o mundo. Publicou três livros: Máquina de Pinball (2002), Das Coisas Esquecidas Atrás da Estante (2003) e Vida de Gato (2004). Promete, para este ano, Delírio de Ruína, parceria com a artista Rita Wainer. Um filme baseado em sua obra será lançado em setembro deste ano, dirigido por Murilo Salles e estrelado por Leandra Leal.

A Identidade já tocou duas vezes no Planeta Atlântida, acaba de voltar de uma mini-turnê arrasadora em São Paulo e de roubar a cena no anviersário da Pop Rock. Tem dois discos lançados, “Identidade Zero” e “Jogo Sujo” e são a nova grande promessa do Rock Gaúcho no resto do mundo, quer dizer, do Brasil.


OQUÊ: TRIBUTO A ROLLING STONES – IDENTIDADE COM CLARAH AVERBUCK NOS VOCAIS
QUANDO: SÁBADO, 19 DE MAIO, A PARTIR DAS 23H
ONDE: GARAGEM HERMÉTICA – BARROS CASSAL, 386
QUANTO: DEZ MÓDICOS REAIS.

Monday, May 14, 2007

eu só vou falar quando houver alguma coisa a ser dita.

agora eu só vou dizer que três segundos de loucura ninguém segura, que ninguém teve culpa, que muita gente tentou falar e que deixem ela ir em paz, por favor, por favor, por favor, sem urubuzagem, sem se alimentar do drama alheio, sem ficar cochichando coisas que ninguém sabe se sim ou se não.

por favor.

só pensem nela linda rindo e a deixem ir em paz.

Thursday, May 10, 2007

frio pra caralho
e ele veio aqui como um furacão e levou todas as coisas embora.
não sei porque.
nem ele sabe.

tem homem que não banca
tem amor que é barato
tem abraço que sufoca.

prendeu, perdeu.

noite gelada filha da puta,
hoje eu vou dormir sozinha.

e eu quero que se dane.

tarde demais.

Monday, May 07, 2007

eu queria passar a língua nos seus dentes
e sentir o gosto do seu cigarro
e deitar a cabeça no seu ombro
e sentir o cheiro da sua nuca bem de perto
por muito muito tempo
eu queria assim
respirar na sua nuca
horas, horas sem abrir os olhos
eu queria te abraçar por dentro do seu casaco
ficar ali dentro e esquecer tudo que os outros falam
eu queria te levar na pracinha no sol do inverno
e te mostrar a minha estante
eu queria te ler aquele poema
e que você me mostrasse uns seus
eu queria
que todos esses corações servissem para alguma coisa
eu queria
que você conseguisse consertar pelo menos um deles
nenhum funciona
tá tudo furado
tudo quebrado
tudo vazando
tudo zoado
eu queria
acordar de manhã e ver o seu cabelo bagunçado
eu queria que você ficasse mais
e me ouvisse mais
e me olhasse mais como acontece por acaso
eu queria

RACISMO!

Escrevi uma notinha na TPM, na seção Badulaque, sobre uma louca que cometeu barbaridades verbais em rede nacional falando que "existe um gato negro preto do olho amarelo que é tremendamente usado pra magia negra. Todas as feiticeiras têm, as feiticeiras sabem do que eu estou falando, elas usam aquele gato preto do olho bem amarelo para fazer magia negra contra você!"




Por deus. Esses programas vespertinos não têm assunto, isso todo mundo já sabe, mas precisa realmente apelar pra louca que diz que ninguém deve ter gato negro preto de olho amarelo? EU GOSTO DE GATOS NEGROS PRETOS DE OLHO AMARELO E TENHO DOIS.

Mas talvez eu seja meio bruxa mesmo. O nariz eu já tenho. E eu sei quem é antes do telefone tocar. Mas os meus gatos não têm nada a ver com isso.

Não que eu realmente acredite que assinar uma petição vá mudar alguma coisa.
Eu ando tão descrente.
Mas eu assinei a petição exigindo a retratação da louca.
Na verdade seria engraçado de tão ridículo se umas pessoas não fossem ignorantes a ponto de realmente acreditar e jogar o gato negro preto de olho amarelo na rua. E o coitado do gato negro preto de olho amarelo, acostumado ao lar, vai ficar perdidinho e com fome, miando no frio. Alguns gatos não gostam ter nascido pobres porém livres, como diz a música dos Saltimbancos. Alguns gatos querem filé e almofada mesmo. Inclusive uns gatos negros pretos de olho amarelo. Outros gostam de rua. Que nem a gente. Mas as pessoas são ignorantes e não vão entender.
As pessoas são ignorantes, cafonas e falam alto demais.
As pessoas são fofoqueiras, cuzonas e cochicham alto demais.
Eu estou cansada.
Até algumas pessoas tão cultinhas e inteligentezinhas e perfumadas conseguem ser ignorantes.
Eu estou realmente cansada.
Queria dormir por duas semanas e acordar magra, com a pele boa, o cabelo impecável, sem tosse, sem olheiras e depilada, com as unhas vermelhas e a voz limpa.
Com meus gatos negros pretos de olho amarelo e mais o Joo dormindo comigo.

Thursday, May 03, 2007

e quando você acha que o seu dia não poderia ficar mais estranho...



por deus.

You shrug and it's the worst
To truly stuck the knife in first

Wednesday, May 02, 2007

desert flower blues

meu pulmão chia
e a luz da cozinha não funciona.
deixo a tv ligada pra não me sentir sozinha porque não consigo ouvir música nestas caixinhas de merda. aquela bicha sumida tem que devolver meu discman logo para meu som voltar a ter vida, para a minha casa voltar a ter vida, para a minha vida voltar a ter vida.
não tem música.
me sentindo uma burocrata. uma funcionária pública de mim mesma, como ele me disse uma vez.
um metro e oitenta de solidão e tormenta, o melhor dos piores, um covarde, um idiota, um gênio, um cuzão, meu amigo, meu irmão, minha alma gêmea e o único que entende as coisas como devem ser entendidas. entende tudo, tudo. sempre entendeu.
o resto é baconzitos, disse ele.
eu sou um metro e setenta e três de solidão e tormenta.
quero ver alguém entender isso.
alguém entender quando eu me entocar no canto do bar e quiser ficar ali com o meu copo de conhaque com limão.
quero ver alguém entender o silêncio, só o silêncio, sem perguntas, porquês e nem porra nenhuma.
porra nenhuma.
é tudo que eu tenho para oferecer.
a rua me chama. o frio me chama. pedi tanto o inverno e agora ele veio,
mas eu quero ficar em casa com a tv ligada. no mudo. só uma presença meio fantasma nesta casa enorme.
longe da maldade do mundo. longe dos filhos-da-puta que destilam umas merdas gratuitas em mesas de bar achando que vai ficar assim.
longe dessa lua cheia em cima da igreja da consolação.
meu pulmão chia
e a luz da cozinha não funciona há meses.
não estou sentindo nada.
deve ser o frio.


 
 

TUDO TINHA MUDADO. Menos o que ficou igual.

  • Vida de gato
  • Das coisas esquecidas atrás da estante : esgotado, procure nos sebos!
  • Máquina de Pinball
senso*