vinte e nove de outubro de dois mil e sete
e o dia seguinte ao reveillón é sempre assim.
minha casa vazia. eu não, eu não fico mais vazia.
minha casa cheia dos meus meninos. "mamãe, ele é seu?", pergunta a catarina apontando pro moita. "é, eles são todos meus". e eu sou toda deles. somos todos uns dos outros. cada qual com seu igual, como aprendemos, eu e balú, com baguera, a pantera careta. o encontro dos encontros, os encontros dos encontros e eu com meu copo sempre cheio no meio daquele furacão que se formava. que nós juntos formamos. só concebo a arte através do amor e amor era só o que havia ontem. amor, amor. a chuva lavando as nuvens negras e abençoando a cidade, preparando tudo para o que estava por vir. tudo intenso e puro como deve ser. como tinha que ser. como eu já havia previsto que seria. preciso prestar mais atenção nas minhas próprias profecias.
cada qual com seu igual.
ainda a urgência me arde e não há nada que eu possa fazer. incomunicável e um pouco atordoada, aos poucos as coisas vão fazendo sentido e parece que no fim os terremotos acabam fazendo uma bagunça mas botando as coisas no lugar onde elas deveriam estar. e pela primeira vez na minha vida eu sinto que realmente pertenço ao lugar onde estou. e é aqui que a gente vai fazer a nossa história.
e a nossa história está apenas começando. sinto que está prestes a acontecer algo que não acontece há muito, muito tempo. e ser parte disso me arrepia. ver tudo aquilo acontecendo, todos aqueles seres amados juntos me deu a dimensão:
não estávamos apenas juntos. somos juntos.
e ser é além de estar.
minha casa vazia. eu não, eu não fico mais vazia.
minha casa cheia dos meus meninos. "mamãe, ele é seu?", pergunta a catarina apontando pro moita. "é, eles são todos meus". e eu sou toda deles. somos todos uns dos outros. cada qual com seu igual, como aprendemos, eu e balú, com baguera, a pantera careta. o encontro dos encontros, os encontros dos encontros e eu com meu copo sempre cheio no meio daquele furacão que se formava. que nós juntos formamos. só concebo a arte através do amor e amor era só o que havia ontem. amor, amor. a chuva lavando as nuvens negras e abençoando a cidade, preparando tudo para o que estava por vir. tudo intenso e puro como deve ser. como tinha que ser. como eu já havia previsto que seria. preciso prestar mais atenção nas minhas próprias profecias.
cada qual com seu igual.
ainda a urgência me arde e não há nada que eu possa fazer. incomunicável e um pouco atordoada, aos poucos as coisas vão fazendo sentido e parece que no fim os terremotos acabam fazendo uma bagunça mas botando as coisas no lugar onde elas deveriam estar. e pela primeira vez na minha vida eu sinto que realmente pertenço ao lugar onde estou. e é aqui que a gente vai fazer a nossa história.
e a nossa história está apenas começando. sinto que está prestes a acontecer algo que não acontece há muito, muito tempo. e ser parte disso me arrepia. ver tudo aquilo acontecendo, todos aqueles seres amados juntos me deu a dimensão:
não estávamos apenas juntos. somos juntos.
e ser é além de estar.