Conselho útil do meu amigo Bruno Nogueira: quando com insônia (todos os dias), leia algo chato. E pare de ser dramática, ele também disse. Isso se torna um vício, ele disse. E eu que achava que tinha conseguido me livrar dele. Do vício, não do meu amigo.
Isso me faz lembrar do Perna. Quando o Perna estava deprimido, ninguém queria saber dele. "Mas você não está engraçado! Diga alguma coisa engraçada já!". Certo. Agora não vai ser possível.
Vou procurar algo chato. Aqueles livros que eu parei de ler porque esqueci que estava lendo. Histórias interessantíssimas, afinal. Cheias de ritmo. Right.
Insônia aguda. Não quero escrever. Nem ouvir música neste computador todo zoado com caixas de som que pegam Nova Brasil FM ao fundo de qualquer música bonita que eu tentar escolher. Nem ver reprise de seriados. Aí eu durmo torta no sofá vermelho e acordo toda suada quando a luz começa a chegar e é a mesma coisa que quase não ter dormido, aquela dor atrás dos olhos e as costas tortas.
Oquei, 2006, todo mundo já cansou de você. Pega a sua maletinha e sai pela porta logo.
Mas por favor, me concede esse último desejo, me faz conseguir aquilo e estar lá nessa hora pra ganhar um beijo daqueles.
Verdade seja dita, eu estou com insônia porque não sei mais dormir sozinha. Eu durmo no canto da cama e deixo espaço pra ele. Eu durmo com aquela camiseta que ele deixou comigo enrolada na mão, bem perto do rosto. Eu durmo mal e acordo ansiosa. Vai passar, os meus amigos dizem, mas eu não acho e não quero que passe. As coisas ficam confusas e dá vontade de desistir, mas não dá pra desistir. Pra que desistir? Aí eu me arrependeria e talvez fosse tarde, é muito fácil de se perder quando tem um oceano no meio pra ajudar. Então me resta tentar seguir o conselho do meu amigo, ler alguma coisa chata e depois enrolar a camiseta na mão com a gola bem perto do rosto e tentar dormir com o cheiro dele por perto. Até sei lá quando.
Isso me faz lembrar do Perna. Quando o Perna estava deprimido, ninguém queria saber dele. "Mas você não está engraçado! Diga alguma coisa engraçada já!". Certo. Agora não vai ser possível.
Vou procurar algo chato. Aqueles livros que eu parei de ler porque esqueci que estava lendo. Histórias interessantíssimas, afinal. Cheias de ritmo. Right.
Insônia aguda. Não quero escrever. Nem ouvir música neste computador todo zoado com caixas de som que pegam Nova Brasil FM ao fundo de qualquer música bonita que eu tentar escolher. Nem ver reprise de seriados. Aí eu durmo torta no sofá vermelho e acordo toda suada quando a luz começa a chegar e é a mesma coisa que quase não ter dormido, aquela dor atrás dos olhos e as costas tortas.
Oquei, 2006, todo mundo já cansou de você. Pega a sua maletinha e sai pela porta logo.
Mas por favor, me concede esse último desejo, me faz conseguir aquilo e estar lá nessa hora pra ganhar um beijo daqueles.
Verdade seja dita, eu estou com insônia porque não sei mais dormir sozinha. Eu durmo no canto da cama e deixo espaço pra ele. Eu durmo com aquela camiseta que ele deixou comigo enrolada na mão, bem perto do rosto. Eu durmo mal e acordo ansiosa. Vai passar, os meus amigos dizem, mas eu não acho e não quero que passe. As coisas ficam confusas e dá vontade de desistir, mas não dá pra desistir. Pra que desistir? Aí eu me arrependeria e talvez fosse tarde, é muito fácil de se perder quando tem um oceano no meio pra ajudar. Então me resta tentar seguir o conselho do meu amigo, ler alguma coisa chata e depois enrolar a camiseta na mão com a gola bem perto do rosto e tentar dormir com o cheiro dele por perto. Até sei lá quando.