Sunday, November 05, 2006

NOW THAT I KNOW

Eu não sei me despedir. Eu não sei fazer isso. Eu não soube. Ele não soube, ninguém soube, ninguém quis.
Eu tô toda borrada, toda zoada, tonta e perdidinha. O tempo todo ele estava aqui do lado, se não na minha casa, na minha cama, ao alcance de um telefonema e dez minutos. Eu estou toda sem chão. Porque eu não sei fazer mais nada, desde aquele dia foi só o que eu fiz, foi só o que fizemos, e agora tudo que eu tenho é uma camiseta com o cheiro dele e o travesseiro e a escova de dentes azul espetada no meu banheiro. Dói.
Mas dói menos do que eu imaginava. Eu achei sinceramente que ia morrer aqui com a simples perspectiva da solidão de novo quando essa hora chegasse - e eu sempre soube que ela ia chegar. Mas está tudo meio bem.
Porque quando eu olhei pra ele indo embora e acenando pra mim e pra minha filha enquanto ela gritava alguma coisa pra ele que nem eu entendi lá na Praça Buenos Aires eu tive certeza que ele vai voltar. Rápido.
E eu vou estar aqui esperando. Aqui no 11.
Isso se eu não for lá antes.
É claro que eu vou.
Anyway,
I'll be saving all my love for you.


 
 

TUDO TINHA MUDADO. Menos o que ficou igual.

  • Vida de gato
  • Das coisas esquecidas atrás da estante : esgotado, procure nos sebos!
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senso*