Thursday, November 08, 2007

out of time

acho que a chuva veio pra abençoar o que quer que tenha dado em mim ontem. eu não tomo mais resoluções, elas é que chegam no meio da noite no chão da sala e me tomam.

ontem eu deportei meu passado numa madrugada torpe.

i can't. i just can't.

acordei e tudo tinha mudado, a chuva lavando o cinza e eu com o sentimento de que estava certa, enfim. vontade de mudar de casa, mudar de ares, mudar de tudo. não, tudo não; por isso acabou assim. porque estava tudo na caminho certo e eu não aceito desvios.

eu sinto muito, mas eu não sinto nada.
desculpe roubar a frase assim, garotos, mas é que tem que ser.
eu sinto muito, eu sinto muito, mas eu não sinto nada.

sinto é vontade de assobiar alguma coisa na chuva, ouvir as minhas músicas, pensar nas pessoas que eu amo e que me amam, em comida, em nos meus gatos, nas manhãs, nas tardes e nas noites, no meu peito limpo e em lençóis frescos que esperam alguma coisa. ou não esperam nada. não esperar nada é o melhor. assobiar na chuva e ir para minha casita sem dor. sem mais, sem menos. sem nada. la solitud pode ser o melhor caminho. pelo menos é o caminho escolhido agora. às vezes dói, mas dói menos do que ir para o lado errado e ficar olhando para trás.


 
 

TUDO TINHA MUDADO. Menos o que ficou igual.

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senso*