- OI TUDO JOIA - não.
cheguei. pura hostilidade. chorei até doer no dia de ontem. ah, a brasilidade. neguinho querendo furar fila. querendo ser esperto. a cultura do ser mais esperto. isso me enche os pacovás. neguinho levantando quando o avião pára e ficando lá em pé por horas até que as portas se abram só... pra que mesmo? só pra se amontoar na esteira de maneira que ninguém mais consiga se aproximar dela porque quer pegar sua mala primeiro. ai eu fico louca. o caminho de guarulhos até em casa, a feiúra e desconjuntamento da cidade horrenda e a dorzinha bem aqui me dizendo que ainda pode piorar. a hostilidade. o atraso. os caminhões com os lixos todos misturados e gente não entendendo nada de arte. eu broxando. então chegar em casa e ser recebida pelos meus amores, catarina, hunny e polly, um cartazinho na porta, cheiro de mijo de gato e os gatos e meu cacto morto e a porra da empregada não veio nenhuma vez então a casa estava o caos e lá fui eu limpar merda de gato. oi, casa. o sofá vermelho de couro português todo escangalhado, as espumas saltando para fora como tripas de uma presa abatida. olá, lar. desfaço as malas desgostosa. em duas horas o telefone começa a tocar. nem devia ter trocado o SIM. aqui ainda falam em blog. juro, não dá pra acreditar. olha, escritor escreve. um dia ainda vão entender. o resto é pacotinho.