Saturday, March 17, 2007

olhaqui,
deus,
ou sei lá quem está no comando dessa palhaçada toda:
já pode parar.
já chega.
o que quer que eu tenha feito tem gente fazendo coisa pior, matando, perversificando a vida dos outros, chutando animais indefesos, roubando, maltratando, dilacerando, fritando, estuprando, enfim, e eu tenho certeza que a vida dessas pessoas não segue o curso de palhaçada sentimental da minha.
eu sou um joão bobo sentimental.
certo, eu não sou.
porque eu DOU COM A MINHA CARA NO CHÃO.
mas ela não quebra. não mais.
eu escolho os piores, um ex-amor me disse.
"que bom!", ele também disse.
bom para ele, que era realmente um dos piores.
e lá vai ela jogar a cara no chão de novo.
aí passa. ou quase. ela casa. tem filhos, fica tudo um pouco bem e ela acha que vai ser assim para sempre.
mas não.
lá vai ela com a cara no chão porque foi trocada escada abaixo.
aí o cara se arrepende, mas é tarde: ela está perdidamente apaixonada por outro.
que entra em um avião e nunca mais volta.
cara no chão.
me demito. não posso viver abraçada à falta de alguém. não assim.
amor sem amor se apaga, eu li em algum lugar.

agora eu ando por aí estendendo meu copo aos passantes, jogando umas certezas para cima só pra ver se eu consigo acertar no alvo e engolir de volta. e não entendendo uns procedimentos alheios. e me sentindo culpada por umas coisas que não têm nada a ver comigo. e já achando que eu talvez sucumba em breve. se ninguém mais atrapalhar. se ninguém mais se meter no meu caminho.
tomara que eu não estabaque a minha cara de novo.
não sei como a minha cútis ainda é tão boa.
eu não quero passar por aquilo de novo.
porque cansa, sabe.
cansa bastante.
eu não quero mais que o fracasso seja o meu melhor amigo.


 
 

TUDO TINHA MUDADO. Menos o que ficou igual.

  • Vida de gato
  • Das coisas esquecidas atrás da estante : esgotado, procure nos sebos!
  • Máquina de Pinball
senso*