Monday, August 27, 2007

no expectations

meu fim-de-semana foi muito, muito intenso.
as coisas estavam todas rumando direitinho, andando ali do jeito delas
e de repente
com uma frase
tava tudo fora do lugar e parecia que eu tava no meio de um terremoto dos infernos.
e aí eu fui me refugiar nos amigos
e no de sempre
achando que o de sempre não seria o suficiente.
eu e o meu conhaque da sorte abraçados no canto e uma nuvem negra me cobrindo
never in my sweet short life have i felt like this before.
mas aí
o tempo foi passando
as pessoas foram falando
eu fui vendo que nada é tão importante assim
que tudo isso é uma grande besteira
um grande drama que eu arranco de dentro de mim.

outro dia começou e tinha sol, e nós ríamos muito disso tudo
e ele foi passando e passando
e acabando
e eu fui acabando também
numa sensibilidade filha da puta que eu tinha esquecido que era capaz de ter.
eu não tinha pele
e meu coração não tinha corpo.
ficou tudo exposto pulsando no meio da rua
e eu na janela vendo o dia acabar e pensando
pensando porra nenhuma
sentindo
eu só conseguia sentir
e eu me sentia como o dia acabando. fadin away.

mas aí me tiraram de casa
e foi começando tudo de novo
e eu fui encontrando meu equilíbrio torto no róque
e ao fim de dois dias, depois de tantos abalos sísmicos,
eu virei
uma linha reta.

meu equilíbrio
só vem
do excesso.


 
 

TUDO TINHA MUDADO. Menos o que ficou igual.

  • Vida de gato
  • Das coisas esquecidas atrás da estante : esgotado, procure nos sebos!
  • Máquina de Pinball
senso*