shine a light
aiai.
sexta-feira vai ser a pré-estréia do "nome próprio".
já vi o filme, ainda não vi a versão cemporcento finalizada mas eu sei que está incrível. eu sei que muita gente vai adorar e se apaixonar.
eu também sei que tem gente que vai odiar e desprezar. as pessoas adoram odiar e desprezar. e me chamar de putinha que fala de fodas - queria saber se alguém já chamou o henry miller de putinho -, de pessoa sem talento, de fenômeno da internet. que preguiça. esfrego a petrobrás na cara desses aí. vão trabalhar que eu vou ganhar um salário bem bom pra ficar em casa escrevendo. vão falar mal de mim nos bloguinhos de vocês que só os amiguinhos lêem e que vocês escrevem escondidos do chefe. eu escrevi meu primeiro livro aos vinte e dois anos, tenho vinte e oito agora e muita estrada pela frente. passei por muito perrengue em nome do que acredito e não vou nunca parar de escrever. aprendo a cada dia e a cada livro lido e não tenho vergonha de ver a minha evolução publicada. não tenho pretensão nenhuma de ser genial, simplesmente quero escrever. escrevo porque amo e preciso. e o resto que se foda.
quando me deparo com esses comentários sinto um machismo galopante emanando deles. e se eu fosse um homem? eu jamais seria um homem. mas se fosse um homem escrevendo as coisas que eu escrevo ninguém jamais questionaria nem me ofenderia pessoalmente. eu acho machismo uma coisa tão ridícula que não dá nem pra ficar irritada. é simplesmente patético. o recalque é um câncer que deve fazer muito mal. não me atinge em absoluto, eu sei quem eu sou e porque faço o que faço. tenho um puta orgulho da minha trajetória e do jeito que as coisas aconteceram e acontecem. só melhora. e só vai melhorar porque eu não sou nenhuma cabaça que vai se render.
ser uma pessoa pública às vezes é um saco. já sei o que me espera, vou ter que responder todas as mesmas perguntas de cinco anos atrás, lidar com gente ignorante e preconceituosa que julga o livro pela capa e que prefere falar de tatuagens e atitude do que da escrita em si. ê, brasil. mas é aqui que eu moro e escrevo, vou ter que lidar com isso. podem vir que já me preparei para este round com meu saco de boxe. sem contar que existe vida inteligente e isso me conforta. aliás, puta matéria essa aqui. gracias!
eu só sei que na quinta eu vou para o rio de janeiro, a minha cidade querida, vou encontrar amigos e vou me divertir. vou ver a obra que veio da minha obra, vou me orgulhar disso tudo,meus pais estarão lá, o xico sá vai, A NINA VAI, a tainá vai, a paula cohen vai, eu vou ficar insuportavelmente feliz, vou beber muito como sempre, abraçar todo mundo em frenesi, agüentar a dor do salto até o fim e ver o dia amanhecer no rio sem ressaca e com aquele sorriso de canto de boca que só sai em momentos como esse.
sexta-feira.
no mesmo dia que estréia "shine a light". stones e scorsese. olha só.
sexta-feira vai ser a pré-estréia do "nome próprio".
já vi o filme, ainda não vi a versão cemporcento finalizada mas eu sei que está incrível. eu sei que muita gente vai adorar e se apaixonar.
eu também sei que tem gente que vai odiar e desprezar. as pessoas adoram odiar e desprezar. e me chamar de putinha que fala de fodas - queria saber se alguém já chamou o henry miller de putinho -, de pessoa sem talento, de fenômeno da internet. que preguiça. esfrego a petrobrás na cara desses aí. vão trabalhar que eu vou ganhar um salário bem bom pra ficar em casa escrevendo. vão falar mal de mim nos bloguinhos de vocês que só os amiguinhos lêem e que vocês escrevem escondidos do chefe. eu escrevi meu primeiro livro aos vinte e dois anos, tenho vinte e oito agora e muita estrada pela frente. passei por muito perrengue em nome do que acredito e não vou nunca parar de escrever. aprendo a cada dia e a cada livro lido e não tenho vergonha de ver a minha evolução publicada. não tenho pretensão nenhuma de ser genial, simplesmente quero escrever. escrevo porque amo e preciso. e o resto que se foda.
quando me deparo com esses comentários sinto um machismo galopante emanando deles. e se eu fosse um homem? eu jamais seria um homem. mas se fosse um homem escrevendo as coisas que eu escrevo ninguém jamais questionaria nem me ofenderia pessoalmente. eu acho machismo uma coisa tão ridícula que não dá nem pra ficar irritada. é simplesmente patético. o recalque é um câncer que deve fazer muito mal. não me atinge em absoluto, eu sei quem eu sou e porque faço o que faço. tenho um puta orgulho da minha trajetória e do jeito que as coisas aconteceram e acontecem. só melhora. e só vai melhorar porque eu não sou nenhuma cabaça que vai se render.
ser uma pessoa pública às vezes é um saco. já sei o que me espera, vou ter que responder todas as mesmas perguntas de cinco anos atrás, lidar com gente ignorante e preconceituosa que julga o livro pela capa e que prefere falar de tatuagens e atitude do que da escrita em si. ê, brasil. mas é aqui que eu moro e escrevo, vou ter que lidar com isso. podem vir que já me preparei para este round com meu saco de boxe. sem contar que existe vida inteligente e isso me conforta. aliás, puta matéria essa aqui. gracias!
eu só sei que na quinta eu vou para o rio de janeiro, a minha cidade querida, vou encontrar amigos e vou me divertir. vou ver a obra que veio da minha obra, vou me orgulhar disso tudo,
sexta-feira.
no mesmo dia que estréia "shine a light". stones e scorsese. olha só.