Thursday, September 13, 2007

os dias estão simplesmente lotados

minha casa cheia de gente pra lá e pra cá. são meus amigos gaúchos da identidade, que vieram fazer uns shows. alegria de casa cheia e saudade da solidão. computador na sala e paz alguma para escrever. alegria de casa cheia e o peito vazio. meus amigos vieram tocar e eu vou cantar com eles, uminha. ainda não sabemos qual, stones sempre. hoje foi um dia bom, caminhamos e chafurdamos em sebos e na comix, fiz grandes aquisições, livro do groo, transmetropolitans, uns discos de blues por 5 reais, inacreditável, jimmy reed, sonny boy williamson, howlin' wolf, mais irma thomas e sam cooke, mais buddy holly, eric burdon, jerry lewis e small faces, mais o dvd do gimme shelter inacreditavelmente barato, ah como eu adoro andar na augusta e achar uns tesouros.
saí de lá abraçada nele, meu mais novo tesouro, o melhor disco ao vivo da história do rock. sem exagero. é a verdade. um absurdo, 1969 e all my love in vain. só ouvindo. meu fetiche, o plástico do disco, o vinil girando na vitrola e eu me maravilhando. eu não me maravilho com pouco.



o livro do groo também foi uma grande aquisição, minha primeira incursão nos quadrinhos, lá pelos treze, e a essência de todo homem. groo, o errante. sérgio aragonés só mandando bem.



eu vou fazer um post só para tudo, pela falta de tempo e pela ansiedade de dizer o que eu demorei para dizer. hoje teve mais uma apresentação de "Querência", com nelson peres, um ator que sempre quase ou me faz chorar mesmo. esse homem é inacreditável. o texto é uma coisa, fiquei impressionada, todos os meus sentidos funcionavam vendo aquela peça. só ele lá, sendo tudo, e o fábio brum tocando. o fábio brum tocando eu nem comento. outro homem inacreditável. guitarrista com sangue quente e pulsante, tem que ver. o texto de cornélio pires é uma coisa. eu marejada pensava que encontrei mais um com muito coração. tem uma parte do texto que eu nem ouso tentar reproduzir, preciso pedir para o nelsinho, não ouso tentar reproduzir sob o risco de parecer piegas. terminou a peça semana passada e eu queria ter mais mãos para aplaudir, mais braços para envolver o nelsinho e mais dinheiro para comprar todos os ingressos e distribuir por aí. eu sentadinha no cantinho, eu e uns poucos, eu pensando porra, quem é que tem coragem de perder isso? tocou fundo, tocou horrores. eu quero ver de novo. irei.

todo mundo chama as peças de teatro por aí de espetáculo, mas essa dá pra encher a boca para falar "espetáculo" mesmo. então o espetáculo acontece no teatro fábrica, todas as quartas-feiras do mês de setembro, às 21h: rua da consolação, 1623.



são quatro da manhã, fumei, fiquei com sono e fui dormir antes das onze. acordei às duas e meia cheia de coisas pra fazer, um texto para escrever, um roteiro a determinar, uma carta em papel almaço para responder, um monte de assuntos aqui para resolver mas quem é que disse que dá? too much too soon, meninos espalhados pela minha sala, eles tocam amanhã - quinta - na funhouse com discotegem do nashville pussy, imagine você. e sexta no cb. os shows deles são incríveis. e eles são lindos. garotas, vocês não sabem o que estão perdendo. são quase todos solteiros. e são uns puta cara legal. meus broder.

tem uma abelha zumbindo na sala, morrendo em desespero com o ferrão espetado no ar, os passarinhos urbanos começaram a cantar e nesta casa todos dormem, então eu acho que agora me resta usar os devidos cosméticos, escovar os dentes mais uma vez e voltar para a grande cama vazia pensando que eles homens, os que eu escolho, sempre ficam com as mulherzinhas mas sonham comigo quando baixam as defesas. quem brinca com fogo provoca incêndio. e depois não consegue apagar. eu é que não vou ajudar.


 
 

TUDO TINHA MUDADO. Menos o que ficou igual.

  • Vida de gato
  • Das coisas esquecidas atrás da estante : esgotado, procure nos sebos!
  • Máquina de Pinball
senso*