Monday, January 14, 2008

CHEGA

tafe tafe tafe, uma vez em cada bochecha, com a palma e as costas da mão. recomponha-se, chica. levanta desse sofá, larga esse cigarro, joga fora essa caixa de pizza e junta esse tapete de jornais. e dá um jeito de colar o box do banheiro.

CHE
GA.

não tem ninguém pra te carregar e, mesmo que tivesse, você nunca ia deixar. você só se deixa levar quando está feliz, nunca assim, pesando. chega de pesar. isso não é você. não sou eu. não somos nada disso.

é ela.

me lembrando que existe, que sempre vai estar aí. na saúde e na doença, na euforia e na depressão. i'm married to a mental condition. mas ah, ela não vai me pegar dessa vez. eu não vou deixar. não vou deixar aquele brilho voltar para os meus olhos e depois se apagar de vez. nada mais disso. nada mais de acontecer, me esvair e depois abraçar os joelhos sem forças para respirar. chega de montanha-russa. não tem a menor graça.

te peguei primeiro, vagabunda.

aumentei minha dose e pisei na sua cabeça. um nocaute certeiro e a sanidade ganha este round.

e agora eu vou dormir na minha cama.
minha cama.

to wake up alone - without you trying to put me down.

assim eu acredito que o ano mudou. continuo acreditando mais nas segundas-feiras do que em início de mês, então meu ano começa hoje. é claro que eu tinha que passar por isso. melhor agora do que tarde demais.

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senso*