Wednesday, March 05, 2008

round trippin e as coisas que são

i'm not there.

é.


that's life, that's what all the people say, you're riding high in april, shot down in may - but i know i'm gonna change that tune when i'm back on top in june, já diria o velho, sábio e morto sinatra. só diria mesmo, porque a letra não é dele.

o dylan está lá tocando para quem teve dinheiro ou sorte e eu estou aqui em casa passando calor, bebendo água e pensando "que puxa". que puxa. amanhã, talvez. estou estranhamente calma. é. that's life.

rezando para o seo suplicy.

se ele conseguir esse show de graça no ibirapuera eu sugerirei sua canonização, apesar do supla. (o supla deve estar lá na seção de 900 real e eu estou aqui em casa, reclamando no blog. vai, reclama, claraverbuck)

amanhã é quinta, tem show do amor no studiosp. irei, se nenhum milagre acontecer. eu não vou ver o show do bob dylan. deixa eu acostumar com isso: eu não vou ver o show do bob dylan em são paulo. mais uma vez: bob dylan está tocando na cidade de são paulo, onde moro, e eu não tenho dinheiro para ir.

certo.

that's life.

estou com a sensação de que esqueci alguma coisa no fogão. uma inquietação estranha. vai começar esse negócio de falta agora, aí não vai dar, não pode, não vou permitir. fico sempre esperando que as coisas se resolvam. depois que eu arrumar uma faxineira, depois que aquela grana chegar, depois que eu mudar de apartamento, depois que o remédio novo estabilizar, depois que eu perder dez quilos, depois que o filme entrar em cartaz, depois que eu terminar aquele livro, depois que eu fizer uns shows, depois que eu superar uns traumas, depois que eu arrumar uma babá, depois que eu parar de sangrar, depois que a minha pele cicatrizar, depois que ele se der conta, depois que eu parar com aquele negocinho, depois que eu entrar no muay thai, depois, depois, depois, sempre depois - aí sim -, mas vai tudo acontecendo enquanto espero A Grande Resolução de Todos Os Tempos que nunca vai chegar e quando vejo estou assim, ainda mais inquieta por alguma outra coisa que vai me tirando do eixo aos poucos e me levando a um lugar onde jamais imaginei. e é o melhor lugar de todos e eu nunca mais quero sair de lá. não tem nada a ver com a inquietação da loucura de antes ou com a iminência de perda ou o monstro da impossibilidade dançando na sala ou com nada nada nada do que veio antes. simplesmente é. foi. sem tormenta, porque de tormenta basta eu. eu e a minha panela fervendo no fogão que não existe. as coisas que são vão continuar sendo porque independem disso tudo e de todo o meu blablabla incontrolável, de todas as voltas que dou ao meu redor, de quantos incêndios eu tentar causar. no fim de tudo isso ele só vai me encarar com aquela calma oceânica e eu sei que vou conseguir dormir em paz.


 
 

TUDO TINHA MUDADO. Menos o que ficou igual.

  • Vida de gato
  • Das coisas esquecidas atrás da estante : esgotado, procure nos sebos!
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senso*