Thursday, December 07, 2006

Quero meus amigos, quero colo, quero o Adriano e a Mari e a Cecília e o Bianchinho e
o Nix e todos esses meus queridos que estão longe e os que estão perto também, todos ao mesmo tempo. Quero conseguir dormir em paz sem sobressaltos, quero que os gatos parem de brigar e que o meu coração volte a bater num ritmo minimamente normal um dia desses, e eu quero não estar com esta voz de travesti rouco que tomou chuva e falou demais, eu quero paz, paz, paz, eu não consigo ter paz, assim eu não vou conseguir ter paz. O ano mais maligno não acaba nunca, quando eu acho que está tudo bem e melhorando e que uau, as coisas podem dar certo na vida lá vai tudo ralo abaixo, adeus, adeus, eu já sabia. Toda quebrada e sem defesa nenhuma. Sem estar toda fudida porque toda fudida eu já não fico mais. Mas toda quebrada e sem defesa nenhuma. Aquele vazio bem filho da puta. O dia cinza. Vontade de ficar parada e tentar cessar de existir. E de respirar. E de sentir só um pouco. Eu preciso de paz. Eu preciso. Eu não quero precisar de nada.


 
 

TUDO TINHA MUDADO. Menos o que ficou igual.

  • Vida de gato
  • Das coisas esquecidas atrás da estante : esgotado, procure nos sebos!
  • Máquina de Pinball
senso*