Monday, February 05, 2007

Homesick Home

Cheguei em casa.
Estava fazia mais de um mês lá longe, na terra que me pariu.
Fiz as pazes com Porto Alegre. Eu precisava fazer isso.
Mas eu também precisava voltar pra casa. Minha casa. Minha casinha. Meu sofá vermelho, minha sala em L e meus gatos se esfregando nas minhas pernas. Meus amigos me esperando. Minha Rua Augusta insuportavelmente barulhenta, poluída e feia. O céu que nem parece céu.
Minha casa!
Cheguei em casa abrindo os braços, dizendo "minha casa", liguei o interruptor. Click. Click. Click, click, click. Não tinha luz. Não é incrível? O Zelador não gosta de trabalhar e então, quando cortaram a minha luz, eu paguei lá de longe e a eletropaulo veio ligar, ele devia estar fazendo negócios escusos por aí e simplesmente não estava no prédio no momento. Tudo que eu queria era dormir na minha caminha, na minha casinha, abraçada à minha solidãozinha depois de tomar banho no meu chuveiro e me secar com as minhas toalhas... Mas não. Não pude dormir na minha casinha, afinal.
Mas agora já ligaram a luz, depois que eu dei um chilique.
E as coisas vão começar a voltar ao normal depois das minhas férias onde eu quase fiquei com dezessete anos de idade novamente.
Fim das férias.
Mexe a bunda, claraverbuck, vai trabalhar. A sua conta está vazia. Você está cheia de coisas pra fazer. Então vamos lá, minha nêga. De volta à sua vida de verdade. Homesick home.


 
 

TUDO TINHA MUDADO. Menos o que ficou igual.

  • Vida de gato
  • Das coisas esquecidas atrás da estante : esgotado, procure nos sebos!
  • Máquina de Pinball
senso*