O FIM DA FRENTE FRIA
Hoje é o último dia da Frente Fria que A Chuva Traz. Ironicamente, a frente fria chegou mesmo. Fui assistir duas vezes. Tem a Amsterdan, uma junkie com tiques que carrega tanta verdade que ninguém consegue olhar para ela. Tem umas patricinhas insuportáveis, sabe como?, umas meninas assim, umas vidas sem vida, you know, daquelas que nem sabem que não sabem. Tem uns carinhas que dão umas festas na laje do Gru, comedor de cu da perifa. Tem o Vítor, ninguém, neto de um Bugre que cansou de sentir raiva. E tem o Raposão, meu ídolo do desprezo, um pagodeiro escrotinho que se acha o cara, contratado pra animar a festa na laje. Um pedaço da vida vazia de tanta gente por aí, que vai continar acontecendo depois que as luzes acenderem e a peça acabar hoje. Eu não vou, eu já fui ontem e semana passada. Mas você não foi.
Amanhã tem Chapa Quente. Essa eu ainda não vi. Irei.
Domingo também tem Chapa Quente.
E aí acaba a IV Mostra do Cemitério de Automóveis.
Onde eu aprendi a gostar de teatro, comecei a escrever minha primeira peça, arrumei um namorado e uma alergia ao pó maldito do Porão do Centro Cultural São Paulo.
Marião, Fernanda, Robopoc lindão, Paulo F., Marcelo Montenegro, Régis e todo o resto: muito obrigada por esta curva na minha vida. Era exatamente o que eu estava precisando.
A FRENTE FRIA QUE A CHUVA TRAZ
Texto e Direção : Mário Bortolotto
Elenco : Fernanda D´Umbra, Erika Puga, André Cecato, Jerusa Franco, Maíra Chassereaux, Gabriel Pinheiro, Francisco Eldo Mendes, Marisa Lobo Viana, Jiddu Pinheiro e Mário Bortolotto.
Sonoplastia e Iluminação : Mário Bortolotto
Operação Técnica : Marcelo Montenegro
Cenário : Gabriel Pinheiro
Cenotécnica : Régis "NêgaDete" dos Santos
Produção : Fernanda D´Umbra
Ass. de Produção : Paulo F
Hoje - Sexta (último dia) - 21h
Centro Cultural São Paulo (Porão - Sala Ademar Guerra)
Rua Vergueiro, 1.000 (Metrô Vergueiro)
Ingressos : R$ 15