Friday, December 11, 2009

MELHOR DA DÉCADA


galere, ó

meu primeiro blog, o brazileira!preta, concorre como BLOG DA DÉCADA. vota lá.



vota lá. tô pedindo, não tô roubando etc.


beijo
c.

Friday, July 10, 2009

TODO MUNDO JÁ SABIA

... que ia acontecer. só não se sabia quando.

pois bem, aconteceu.

eu fiz outro blog. rarara.

mas agora é mais chique; tenho meu próprio domínio. grande vírgula.

abracinho,
c.

Friday, February 06, 2009

¨

^


AMO VOCÊS
NUNCA VOU ME RENDER

<3

Saturday, October 25, 2008

ADEUS LOUNGE

blog é uma merda. se você não escreve no blog, te mandam emails reclamando do abandono. se está se sentindo mal e escreve no blog, te escrevem reclamando que você reclamou. se você está feliz e escreve no blog, te acusam de só falar de si mesmo. se você cansou de ficar reclamando e ficando feliz publicamente porque causa muito furor e foi trabalhar, dizem que você está negligenciando seus importantíssimos leitores. então você publica um trecho de seu novo livro no blog e ele VIRA UM LIVRO DE BLOG. se você escreveu uma crônica e publicou no blog, ela vira um TEXTO DE BLOG. se você escreve um conto ficcional, ele vira um FATO CUSPIDO E NARRADO EM UM BLOG. depois ainda perguntam por que eu canso. mas aí fico com uma saudadinha de poder publicar a qualquer momento e faço um blog qualquer escondido. leva um tempo até descobrirem e é legal. depois, quando descobrem e começam a achar que o meu email é um SAC, é hora de acabar.

ano que vem tem livro novo,
talvez dois:

eu quero ser eu (cosac naify)

e

o livro dos homens (male mal comecei mas já quero me afundar nele)

tem o email e telefone da flávia, minha assessora, na parte de imprensa pra quem precisar.

vou trabalhar porque a relação custo/benefício nesse negózdi blog tá boa não.

então um beijo,

um abracinho,

dia desses eu volto.




+ R . I . P. +

Labels:

PERGUNTEI?

SÓ DODÓI SEGUE.


sim, eu estou CHATA E RECLAMANDO. estou me sentindo MAL E DEPRIMIDA. POSSO? NO MEU PESSOAL E INTRANSFERÍVEL WEBLOG? AH, POSSO.


QUEM SE INCOMODAR PODE RECLAMAR AQUI.

GRATA.

Friday, October 24, 2008

- OI TUDO JOIA - não.

cheguei. pura hostilidade. chorei até doer no dia de ontem. ah, a brasilidade. neguinho querendo furar fila. querendo ser esperto. a cultura do ser mais esperto. isso me enche os pacovás. neguinho levantando quando o avião pára e ficando lá em pé por horas até que as portas se abram só... pra que mesmo? só pra se amontoar na esteira de maneira que ninguém mais consiga se aproximar dela porque quer pegar sua mala primeiro. ai eu fico louca. o caminho de guarulhos até em casa, a feiúra e desconjuntamento da cidade horrenda e a dorzinha bem aqui me dizendo que ainda pode piorar. a hostilidade. o atraso. os caminhões com os lixos todos misturados e gente não entendendo nada de arte. eu broxando. então chegar em casa e ser recebida pelos meus amores, catarina, hunny e polly, um cartazinho na porta, cheiro de mijo de gato e os gatos e meu cacto morto e a porra da empregada não veio nenhuma vez então a casa estava o caos e lá fui eu limpar merda de gato. oi, casa. o sofá vermelho de couro português todo escangalhado, as espumas saltando para fora como tripas de uma presa abatida. olá, lar. desfaço as malas desgostosa. em duas horas o telefone começa a tocar. nem devia ter trocado o SIM. aqui ainda falam em blog. juro, não dá pra acreditar. olha, escritor escreve. um dia ainda vão entender. o resto é pacotinho.

Sunday, October 19, 2008

a professora do charlie brown ensinou todo mundo a falar woh woh woh woh wohwoh. não dá pra andar na rua sem música porque sempre vai ter uma conversinha que invade a sua vida. é terrível. conheci muita gente legal aqui, vi amigos de quem eu morria de saudade e fiz outros que pareciam já ser amigos desde o primeiro segundo, mas quero mesmo é voltar pra dentro da minha casinha, velar meu cacto que morreu na minha ausência (ainda não entendi como) e ficar com o hunny e ouvir UM MILHÃO DE DISCOS BONS que comprei aqui e terminar meu livro novo e fazer piadas com hoje não e toda aquela coisa tão legal que é a vida dentro de casa com delivery.

hesito antes de escrever nesta merda aqui porque acabou o tesão. a partir do momento que esperam que você faça algo, tudo empedra e o tesão se esvai. é uma pena. mas é assim mesmo.

woh woh woh wohwoh woh.

Wednesday, October 15, 2008

NINGUEM ENTENDE NADA

won't you show me a little shame?, diz a musica. no, no, no, diz a outra. so' a pior bosta que podia acontecer aconteceu. eu aqui e ele la', preso na bosta da imigracao. BANDO DE PAU NO CU. come' que barram uma banda, uma banda inteira convidada pra tocar na caralha do lancamento? come' que nao entendem que nao e' trabalho? bando de PAU NO CU da imigracao que me deixaram passar como se nada fosse acontecer, eu que poderia ficar aqui pra sempre, eu que nao tenho vinculos - ninguem nunca me perguntou se eu tinha filho ou trabalho, so' me deixaram passar sorrindo e nem acentuar eu consigo nesta bosta agora. nao e' o lugar que esta errado, peco mil desculpas ao lugar. o que esta' errado e' o mundo inteiro. ninguem entende nada de nada. morram todos. todos que odeiam o que nao conseguem ser ou nao aprovam porque trabalham na imigracao ou na firrrma na angelica e me viam chegando bebada na casa do hunny, quando hunny tinha casa que nao era a nossa. estou no melhor lugar do mundo mas sem ele nao faz sentido. da' pra compreender? entendo amy ficando louca longe do blake dela. i've got my own private blake. as pessoas tem relacoes doentias e e' assim que e' e ninguem tem NADA com isso. so' queria meu hunny comigo aqui. mas nao aconteceu. e eu vou ter que lidar com todo o lancamento de livro e sociabilidade que eu nao sei fazer sem ele. e', antes eu ate' conseguia. agora, sabendo que existe alguem que me cura, nao consigo fazer nada que realmente importe sem ele. OBECEQUEI.nao me corrijam, e' uma piada interna. morram todos que nao sabem das coisas que precisam ser entendidas. morro eu aqui descobrindo que tem gente como eu que nao entende nada so' porque escolheu. bebi vinho demais, gastei libras demais e o coracao doi, doi mesmo, fisicamente, tipo dor no peito. coisa que nao se cura sem aquela pessoa que pertence. que bosta de mundo.

Sunday, October 12, 2008

a short tale from ravensdale

cheguei em londres, me perdi no bairro judeu ortodoxo onde nem uma mijadinha eu podia dar porque não estava de peruca nem de saia abaixo do joelho, fiz bolhas nas mãos de tanto andar, encontrei os amigos, me embebedei um pouquinho, conheci gente legal e vou dormir o sono dos bêbados e dos justos, pensando que tudo isso ainda vai dar muito caldo.


não, não isso, aquilo.

pois é.

hoje não.

Monday, October 06, 2008

mimbora desse país.

o desgosto toma conta de mim. não adianta falar nada que todo mundo entende errado. não adianta tentar explicar porque desgasta e piora a incompreensão.

imbora dessa merda. nós três.

Thursday, September 25, 2008

mudando perguntas

eu poderia escrever uma dissertação sobre a distorção que os jornalistas fazem de tudo que você fala (às vezes mesmo sem querer), mas acho que é mais ilustrativo simplesmente publicar uma entrevista que eu dei ontem e que foi publicada hoje no portal terra. acho que é bem esclarecedor.


isso foi o que me perguntaram:

1. queria que vc contasse sobre o Vida de Gato, um dos seus primeiros livros, como rolou de publicá-lo em inglês (editora, como chegaram até você, o que vocês espera disso, e como vai ser a divulgação);


o vida de gato é o meu terceiro livro. acabei de lançar o quarto, nossa senhora da pequena morte, pela editora do bispo. publiquei um capítulo na revista 3AM e a editora creation books se interessou. basicamente é isso.


2. bela responsa estar entre escritores ingleses, você gostaria de comparar a literatura 'jovem escritores ingleses' X jovens escritores brasileiros?

nah.



3.Você se considera uma autora maldita? Do tipo marginal? Porque bem ou mal, pelo que vejo o que vc faz, tem atitude, diria, punk.

acho uma bobagem esse negócio de maldito. atitude punk é uma coisa meio antiga também. eu só faço as coisas que eu acredito do jeito que eu acho que devem ser feitas, não acho que exista maldição e nem punkismo nenhum nisso. se pra isso precisar atrasar as contas todo mês, tudo bem.


3b. O sucesso te seduz? Te interessa entrar no sistema?, Que porta você quer entrar no sistema? sabendo que para tudo tem um preço... ou bancar a vida indie vale mais a pena? Em outras palavras, jogar o jogo do sistema e quem sabe ter mais leitores, te parece uma bom caminho / boa opção?

me interessa ganhar na megasena. não me interessa ter mais leitores porque ninguém nunca entende nada - aqui no brasil todo mundo tem muita pressa de julgar e rotular tudo sem nem conhecer. eu quero ganhar dinheiro suficiente pra bancar a minha vida com coisas que não afetem a minha integridade. se não for do meu jeito eu não faço - meu jeito pode até ser negociável, mas se eu me sentir ferida, não vou fazer. uma coisa boa, por exemplo, foi ser selecionada no petrobras cultural e ganhar pra escrever um livro. isso sim é vida.


4. Você acha sua geração muito careta?

eu não acredito em geração. o mundo está segmentado demais para ainda ter essa divisão.

5. E os críticos? Quão compreendida você acha que é, ou não és?

alguns entendem, outros não entendem, outros não gostam mesmo, outros amam. crítico pra mim é só um cara com uma opinião. isso não me afeta.

6. Como foi ou como é sua relação com o filme 'Nome próprio'? Você tem apego a personagem principal? O jeito como a Camila foi retratada, (ou interpretada) você gostou ou não? Pelo que vi, você procurou se distanciar da Camila do filme, por alguma razão específica? Por que vocês são tão diferentes?

não tenho apego nenhum. meus são os livros, o filme é uma adaptação do diretor. a diferença entre as camilas é que a do filme é desprovida de senso de humor. o filme foi feito por uma pessoa de outra geração, que é mais adepta do discurso do que da ação e não sacou algumas coisas. mas é assim mesmo, é uma adaptação - quem vende os direitos está sujeito a isso. acho a atuação da leandra primorosa e gosto do filme enquanto filme, à parte da minha obra. não tenho apego nenhum com o filme porque sempre tive claro que ele não era meu. se tem dez frases minhas lá é muito.

e ah
"vocês" são tão diferentes não se aplica. eu não sou a minha personagem. a minha personagem é o meu excesso e criação.

7. Que livro foi esse que você lançou em Portugal? Como foi?

não é um livro, é um conto em uma coletânea. aqui ó
http://www.webboom.pt/ficha.asp?id=78216

8. Você cita sua idolatria por John Fante, conta um pouco... Você se identifica com o personagem Arturo Bandini? Se quiser desenvolver, feel free.

ai, eu já falei demais nisso. dá uma lida aqui ó
http://brazileirapreta.blogspot.com/search?q=bandini

Por fim:

9. Como você definiria seu estilo literário?

jazz/blues/rock.


10. Quais são os escritores contemporâneos que você tem como referência?

antónio lobo antunes é o único cara que está vivo no momento. amigo conta também, né. tem o xico sá e o mário bortolotto, além do daniel pellizzari (gênio) e o danislau também, um poeta de uberlândia. dos mortos recentemente gosto do joão antônio e do leminski.

10b. quem você lê

tenho lido carmen da silva.

10c. quem você admira?

jesus cristo. mentira.


2o. email:

Quer falar sobre o intimismo do livro e da produção do Nossa Sra da Pequena Morte????

este foi o email que eu mandei pra convidar para o lançamento. aliás, vai ter outro no dia 4/10, com exposição dos originais. contei tudo assim, ó
....
oi, gente bonita.

não consegui mandar um email decente convidando todo mundo para o lançamento do que foi o livro mais complicado da minha vida. nunca nada demorou tanto. mas ficou incrível. primeiro eu e a eva viramos noites e noites pra fazer o livro. tudo à mão, nada de computador. teve até um momento que um vidro de nanquim virou em cima de alguns originais. teve a eva implicando com umas ilustrações e decidindo fazer outras melhores. teve eu batendo à máquina e errando na última linha e chorando. isso porque nem vou entrar no mérito de escrever os textos de fato. estamos falando apenas de passar a sujo. aí depois eu e o reginaldo chafurdamos nos melhores sebos de são paulo tentando encontrar discos que combinassem com o livro. tem dylan, ella, billie. tem chopin, verdi e mahler. tem mariachis, música grega e casamentos judaicos. tem o som do inferno verde, música ligeira dos países baixos e muito ray charles. tem a trilha de betty blue, da cor púrpura, de uma cilada para roger rabbit, de bagdad cafe. nunca pensei que conseguir 200 discos fosse tão difícil. deus, foi. sujamos os dedos nos sebos até hoje. hoje mesmo, dia 10, um dia antes do lançamento. 50 livros já foram vendidos. repetindo, são apenas 200. sem reedição, com exemplares numerados e assinados. livro de artista, como define a pinky wainer, a bispa herself. e amanhã vai ser o dia de botar isso tudo para fora. não publico um livro desde 2004. não queria ser uma dessas autoras que publica em linha de produção. por isso assim, discos escolhidos a dedo e tudo feito com muito sangue e coração. nada de digital. eu quero que o mundo volte a ser analógico. adoraria estar enviando esta correspondência em uma carta lacrada com aqueles selos de cêra. mas aí teria o problema de não poder selecionar todos os endereços que já usei no gmail para facilitar a vida.
(se você não for meu amigo, desconsidere esta mensagem. ou não.)

então, amiguinhos, compareçam no dia de amanhã. eu e a eva estaremos lá praticando a arte de fazer a social. aproveitem - é raro.

um abracinho,
c.
....




Ainda sobre o filme, se vc quiser desenvolver: vc acabou não se descolando do filme, levou a bandeira e ajudou a divulgar até o fim, isso foi generosidade? o que te moveu??? pq ao meu ver ficou muito clara sua discordância com o Murilo.

o filme foi feito com baixo orçamento e a divulgação foi toda feita pela internet. nisso eu tentei ajudar, apesar de não mexer no blog. como eu disse, gosto do filme enquanto obra à parte da minha. concordando ou não com a adaptação, há um fato: o filme foi baseado em obras minhas - ainda que o produto final tenha pouco a ver - e todo mundo ia ficar relacionando a mim e aos meus escritos, naquela confusão que adoram fazer com autor e personagem. me mantive presente porque queria deixar claro que o filme não era "o meu" filme, tampouco a história da minha vida ou de como eu comecei a escrever, que aqueles textos que aparecem na tela não são meus e que os livros eram diferentes do filme. eu não tive atritos com o murilo porque ficou sempre muito claro que ele faria algo distante dos livros, portanto ele deveria estar pronto para que eu expusesse minha opinião sobre a obra dele.



Vc desdenha estar entre escritores ingleses? eu acho o máximo, parabéns,

eu acho ótimo ser lançada num lugar onde as pessoas não ficam julgando os escritores por onde eles começaram a publicar ou por quantas tatuagens eles têm ou quanto eles bebem. não desdenho nada, só não tenho o hábito e nem muita vontade de ficar dissertando sobre essas coisas.


agora a entrevista publicada:


Como aconteceu de Vida de Gato ser lançado no exterior?
O Vida de Gato é o meu terceiro livro. Publiquei um capítulo na revista 3AM e a editora Creation Books se interessou. Basicamente é isso.

Não te excita ser publicada entre outros jovens escritores ingleses?
Nah.

Que desdém. Não te parece ótimo?
Eu acho ótimo ser lançada num lugar onde as pessoas não ficam julgando os escritores por onde eles começaram a publicar ou por quantas tatuagens eles têm ou quanto eles bebem. Não desdenho nada, só não tenho o hábito e nem muita vontade de ficar dissertando sobre essas coisas.

Right. Você se considera uma autora maldita? Referem-se a você como uma ‘escritora de atitude punk’.
Acho uma bobagem esse negócio de maldito. Atitude punk é uma coisa meio antiga também. Eu só faço as coisas que eu acredito do jeito que eu acho que devem ser feitas, não acho que exista maldição e nem punkismo nenhum nisso. Se pra isso precisar atrasar as contas todo mês, tudo bem.

Você se acha mal compreendida pelos críticos?
Alguns entendem, outros não entendem, outros não gostam mesmo, outros amam. Crítico pra mim é só um cara com uma opinião. Isso não me afeta.

Como você define seu estilo literário?
Jazz/Blues/Rock.

O sucesso te seduz? Ter mais leitores, entrar no sistema... Ou bancar a vida indie vale mais a pena?
Me interessa ganhar na Mega-Sena. Não me interessa ter mais leitores porque ninguém nunca entende nada - aqui no Brasil todo mundo tem muita pressa de julgar e rotular tudo sem nem conhecer. Eu quero ganhar dinheiro suficiente pra bancar a minha vida com coisas que não afetem a minha integridade. Se não for do meu jeito eu não faço - meu jeito pode até ser negociável, mas se eu me sentir ferida, não vou fazer. Uma coisa boa, por exemplo, foi ser selecionada no Petrobras Cultural e ganhar pra escrever um livro. Isso sim é vida.

Como é sua relação com o filme 'Nome Próprio' (adaptação de Murilo Salles, dos livros Máquina de Pinball e Vida de Gato, com Leandra Leal)? Você tem apego à personagem principal? Gostou da forma como foi retratada?
Não tenho apego nenhum. Eu não sou a minha personagem. A minha personagem é o meu excesso e criação. O filme é uma adaptação do diretor. A diferença entre as Camilas é que a do filme é desprovida de senso de humor. O filme foi feito por uma pessoa de outra geração, que é mais adepta do discurso do que da ação e não sacou algumas coisas. Mas é assim mesmo, é uma adaptação - quem vende os direitos está sujeito a isso. Acho a atuação da Leandra primorosa e gosto do filme enquanto filme, à parte da minha obra. Não tenho apego nenhum com o filme porque sempre tive claro que ele não era meu. Se tem dez frases minhas lá, é muito.

Pelo que vi você procurou descolar o tempo todo a sua obra do filme, por que você fez questão de participar do lançamento e levantar a bandeira do filme?
O filme foi feito com baixo orçamento e a divulgação foi toda feita pela internet. Nisso eu tentei ajudar. Como disse, gosto do filme enquanto obra à parte da minha. Concordando ou não com a adaptação, há um fato: o filme foi baseado em obras minhas - ainda que o produto final tenha pouco a ver - e todo mundo ia ficar relacionando a mim e aos meus escritos, naquela confusão que adoram fazer com autor e personagem. Me mantive presente porque queria deixar claro que o filme não era "o meu" filme, tampouco a história da minha vida ou de como eu comecei a escrever, que aqueles textos que aparecem na tela não são meus e que os livros eram diferentes do filme.

Você teve atritos com o Murilo Salles?
Eu não tive atritos com o Murilo porque ficou sempre muito claro que ele faria algo distante dos livros, portanto ele deveria estar pronto para que eu expusesse minha opinião sobre a obra dele.

Voltando aos livros, o ‘Nossa Senhora da Pequena Morte’ (ed. do Bispo) é bem intimista, não? Inclusive pela tiragem...
São apenas 200 exemplares. Sem reedição, numerados e assinados. Livro de artista, como define a Pinky Wainer, a bispa herself ( a Publisher da editora do Bispo).
Não queria ser uma dessas autoras que publica em linha de produção. Nada de digital. Eu quero que o mundo volte a ser analógico.
Foi o livro mais complicado da minha vida. Nunca nada demorou tanto. Mas ficou incrível. Eu e a Eva viramos noites e noites pra fazê-lo. Tudo à mão, nada de computador. Teve momentos que um vidro de nanquim virou em cima de alguns originais ou eu batendo à máquina e errando na última linha, e chorando. Isso porque nem vou entrar no mérito de escrever os textos de fato. Estamos falando apenas de passar a sujo.

Por fim: quais são os escritores contemporâneos que você tem como referência?
António Lobo Antunes que é o único cara que está vivo no momento. Amigo conta também, né? Tem o Xico Sá e o Mário Bortolotto, além do Daniel Pellizzari, que é um gênio, e o Danislau também, um poeta de Uberlândia. Dos mortos recentemente, gosto do João Antônio e do Leminski.

Quem você lê?
Tenho lido Carmen da Silva.

E quem você admira?
Jesus Cristo. Mentira.


nem vou comentar item por item. não sei como é com outrem, mas a minha resposta é específica para a pergunta que me foi feita. se mudam a pergunta depois de obter a resposta não dá pra acreditar em nada. já aconteceu mil vezes e vai acontecer mais mil, enquanto existirem entrevitadores e entrevistados. perceba quem for capaz.

Friday, September 19, 2008

oficina de criação literária



nunca pensei que fosse ensinar alguém a fazer alguma coisa. pois é. eu vou tentar passar um pouco dessa minha imensa sabedoria a quem se matricular na oficina. tudo que eu aprendi a ensinar foi com o assis brasil. o resto eu aprendi lendo, conversando em mesa de bar e escutando bastante.

devia começar com interpretação de texto para recebedores de release, tentando evitar que digam por aí que vou dar um curso de criação literária de msn e fórum, rarara.

aqui.

Thursday, September 11, 2008

hoy

Saturday, September 06, 2008

CENTENÁRIO DO CARDOSONLINE

Em 1998, quase todas as conexões eram discadas. Não existiam blogs, podcasts, fotologs, redes sociais e assemelhados. A web 1.0 ainda estava entrando na adolescência. P2P? mp3? RSS? YouTube? Faz-me rir, SANDOVAL. SPAM era uma coisa tão rara que nem chegava a ser um problema. E foi somente graças a este último detalhe que o COL prosperou no formato escolhido.

O COL nunca foi um SITE, muito menos um BLOG. Ele era um MAILZINE, e assim sendo, chegava por e-mail, duas vezes por semana. Sem imagens, sem formatação, sem html: texto puro. Impressas, as duas edições semanais do zine alcançavam em média 70 páginas. Ou seja, as 278 edições publicadas em quase três anos encostam nas 10 mil páginas.


E isso que não estamos nem contando as edições especiais.

De qualquer forma, no dia 05 de outubro de 2008, serão completos exatos 10 anos do envio da primeira edição do COL para uma LENDÁRIA lista composta de pouco mais de 20 assinantes.

Para comemorar este momento histórico, reunimos os oito COLunistas originais para produzir uma Edição Especial do Centenário do CardosOnline - AKA Edição Zumbi de COLecionador.



Então você que acha que sabe do que está falando e que alguém se importa, aproveite a sua última chance de ser um assinante do COL. Não vai ser a mesma coisa, mas é o que temos. Vai ter uma festa também, como nos velhos tempos, quando nós inventamos a internet. Rarara. O foda é que ninguém entende nada normalmente, mas quando junta um monte de gaúcho na mesma piada é capaz de causar revolta naquele tipo de gente que deveria dar um pouco de bunda em vez de ficar reclamando.

Então aquele abracinho,
c.

Wednesday, September 03, 2008

NOSSA SENHORA DA PEQUENA MORTE

finalmente, né?

ó. não reparem na foto, tirei com o celular. amanhã teremos uma melhor.

encomende o seu aqui.



NOSSA SENHORA DA PEQUENA MORTE
LIVRO-LP EM TIRAGEM LIMITADA

Apenas 200 exemplares serão vendidos



Com uma tiragem de apenas 200 exemplares, numerados e assinados, a escritora Clarah Averbuck e a ilustradora Eva Uviedo lançam quinta-feira (dia 11/09), às 20h, no Studio SP, o livro-álbum ou livro-LP "Nossa Senhora da Pequena Morte", obra da Editora do Bispo, casa paulistana especializada em publicações fora dos padrões convencionais.


O livro, que reproduz páginas escritas à mão ou datilografadas, vem dentro de capas clássicas de velhos e bons long-plays (LPs), com direito a vinis de rock, blues, jazz, clássicos e até raríssimos vinis mexicanos. O leitor pode escolher o seu "Nossa Senhora..." de acordo com o seu pendor musical.

Sim, amigos, tem Bob Dylan, Nina Simone e Leonard Cohen... Mais adequados impossíveis como trilha sonora das pequenas narrativas, prosas poéticas e fragmentos passionais de Averbuck ilustradas por Uviedo.

"como é que eu me meti nessa, como é que eu saio dessa, quem disse que eu quero sair dessa, esquecer isso tudo, derreter, morrer, agradecer à nossa senhora da pequena morte e dormir uma dormidinha daquelas antes de começar tudo de novo. e de novo. e de novo e de novo, até ele perceber que não há saída senão se entregar e se entregar sabendo que tudo nos espera", escreve a autora, no texto que dá titulo ao livro.

SOBRE AS AUTORAS

Clarah Averbuck, 29, gaúcha radicada em São Paulo, é autora de "Vida de Gato', (Editora Planeta, 2004); "Das Coisas Esquecidas Atrás da Estante", (editora 7Letras, 2003); "Máquina de Pinball", (Editora Conrad, 2002). Recentemente, seus livros e textos dos seus blogs foram livremente adaptados para o cinema, no filme "Nome Próprio", do diretor Murilo Salles, com a atriz Leandra Leal como protagonista. Em outubro lança sua primeira tradução na Inglaterra, "Cat Life", pelo selo Future Fiction, um braço da Creation Books.

Eva Uviedo, artista gráfica, nasceu na Argentina mas reside em São Paulo. Conciliando tecnologia e arte em seu trabalho desde sempre, coordena o núcleo de mídias eletrônicas da editora Trip e edita vídeo-projeções para shows e afins; mas, para desenhar, prefere à moda antiga: canetas, pincéis, aquarelas, café, cola e durex. Com isso, ilustra capas de CD, revistas (TPM, Prana Yoga e Criativa, entre outras), pôsters e camisetas para sua marca, La Tosca.


FICHA TÉCNICA

"Nossa Senhora da Pequena Morte"
Clarah Averbuck (textos)
Eva Uviedo (ilustrações)
ISBN 978-85-60054-07-7
35 Lâminas
Preço sugerido: R$ 168,00
Editora do Bispo

INFORMAÇÕES VENDA

Tyãga Sá Brito
tyaga@editoradobispo.com.br

Pré-venda

loja@editoradobispo.com.br



LINKS

www.editoradobispo.com.br/site/lerCatalogo.php?intIdProduto=99

www.adioslounge.blogspot.com

www.latosca.com.br/ascoisastodas



SERVIÇO

Local: Studio SP

Endereço: Rua Augusta, 591 – Centro – São Paulo/SP
Horário: 20 horas

Entrada: gratuita até meia-noite. Depois: R$ 25 (porta), R$ 15 (lista p/ studiosp@studiosp.org)

Censura: 18 anos

Site: www.studiosp.org



IMPRENSA

Flávia Durante

Tel: (11) 9117-3272

flaviadurante.assessoria@gmail.com

www.flaviadurante.net

Tuesday, August 19, 2008

CAT LIFE

averbuck empreendimentos internacionais tem o prazer de anunciar que o vida de gato vai sair na inglaterra. YEAH.



:~

:~~

opss

parece que tem alguma coisa errada com o mundo. uma amiga minha hoje: e você na monica bergamo, né? eu nem tinha visto. fui ver. era sobre gramado. tinha uma foto da leandra falando antes da exibição do filme e uma minha fora de contexto que tinha sido tirada para a zero hora. dizia que eu não tinha falado nada no microfone e que estava cansada de explicar que o filme não era um retrato da minha personalidade. certo. é verdade. não falei no microfone mesmo, ia falar o quê? "oi, escrevi uns livros, vendi para o murilo salles e ele fez este filme que não é meu, obrigada, voltem sempre"? diz também "lá pela uma hora de filme, a escritora abandona a sessão". porra. a escritora saiu discretamente no escuro para tomar um conhaque no bar porque já viu o filme umas oito vezes e nem estava afim de ver de novo e alguém, além de notar, ainda escreve no jornal como se fosse um grande descaso. desculpe, eu não sei me comportar socialmente, não sabia que fazia parte da etiqueta ficar até o fim da sessão. feio mesmo teria sido eu dormir. na verdade eu nem precisava estar lá, afinal, como não me canso de repetir, meus são os livros, o filme é do murilo, da leandra, do pedro paulo, da marcela & de toda a equipe. não é descaso algum, eu apenas não tive participação no processo e deixo isso claro para que não confundam textos de outras pessoas com meus textos e roteiros de outras pessoas com histórias dos meus livros. é um caso muito simples de um autor esclarecendo a sua obra. mas não. adoram um bafafazinho. e gente, não tinha tanto ator, tanta atriz, tinha até o didi sendo homenageado lá em gramado, pra que ficar prestando atenção no que eu estava a fazer?

na mesma edição dominical da folha saiu uma foto e umas aspas minhas numa matéria sobre mulheres que o povo da revista da folha achou que representavam alguma faceta da madonna. oquei. eu nunca me identifiquei com a madonna e nunca tive nenhum disco dela. nunca me incomodou também, achava até legal as polêmicas que ela criava porque alguém precisa quebrar os tabus e acabar com a putaria - ou começar, no caso. achei que seria um perfil interessante, entendi que era uma matéria sobre a madonna mas deixei claro que sempre fui mais do róque e dos negão, mas nada disso saiu. eu saí como a fase material girl da madonna. como se tivesse vindo para são paulo vencer na vida. pra falar a verdade eu nem sei qual é a fase material girl da madonna, mas esse título não me apetece nem um pouco. só sei que esse lado ambicioso de saber o que quer e conseguir a todo custo nunca teve nada a ver comigo. eu vim para são paulo porque queria trabalhar e porque achei que era hora de mudar. cheguei aqui e comecei a escrever meu primeiro livro, não foi algo planejado. três dias depois que cheguei comecei a escrever o máquina de pinball. talvez eu soubesse lá no fundo que precisava dessa mudança de ares para começar um romance. mas francamente, aos vinte e dois anos eu não sabia muito, apesar de ter certeza que sabia de tudo. as coisas foram acontecendo espontaneamente. não foi "por acaso" porque eu sabia que queria escrever na vida, não escorreguei numa casca de banana e escrevi um livro, mas foi espontâneo. aconteceu. fui escrevendo meu livro, depois fiz meu blog e yadayada. continua sendo assim. eu saio do cinema porque quero tomar um conhaque e quando vejo saiu uma nota na coluna social. que merda. e tem gente que paga pra isso, né? minha editora disse que o andy warhol dizia que não importa o conteúdo, só o tamanho da foto e da matéria. ai, andy, não sei. acho que só ex-big brother pra se sentir confortável nessa situação. também não quero sair fugindo para o alasca quando vêm me abordar, mas confesso que acho muito esquisito isso tudo. e chato. tanta gente querendo aparecer. tanta mulher-fruta requebrando por aí. deixa eu tomar meu conhaque, moça.



bom-humor e receptividade da parte da escritora na sessão do filme. só na contigo!
na contigo! (!)
leve-me, senhor.

Sunday, August 17, 2008

seis anos

ah,
esqueci de comentar que ontem fez seis anos que o máquina de pinball foi lançado. era aniversário do velho buk e eu odiava estar naquela livraria de shopping, mas era a única que estava disponível naquele dia. adriano estava, marcelo estava, cibelle estava, anne estava, foi belo e eu não lembro de muita coisa, mas sei que foi em dezesseis de agosto de dois mil e dois. faz tempo. não parece que foi ontem. parece que faz tempo mesmo.




parabéns, primogênito.

gramado

nome próprio ganhou melhor filme em gramado, leandra ganhou o kikito de melhor atriz (eu já imaginava) e o queridíssimo pedro paulo de souza levou o kikito de direção de arte. parabéns, meu povo. orgulho do fundo do corazón. espero que o filme conquiste ainda muitas coisas. (vou continuar dizendo: esse filme não é meu etc, vamos ver se agora alguém me escuta. acho que agora é que não vão me escutar. mas eu vou continuar falando. )

o dia está belo, vou à feira comprar verduras e comer pastel.

parabéns mesmo.


arrasa nêga

Tuesday, August 12, 2008

autor bom é autor morto

tenho repetido isso quando me perguntam o que achei da adaptação dos livros e tudo mais: autor bom é autor morto. isso não significa que só gosto de coisas escritas por gente morta. isso significa que autor morto não reclama nos ouvidos dos diretores e nos microfones dos repórteres quando são adaptados e fica tudo diferente. porque eu reclamo. é claro que eu reclamo. é a minha obra, afinal de contas. mexeram em tudo. não tem mais quase nada meu ali e tudo acaba sendo atribuído a mim - apesar do murilo ter respeitado o universo todo e a leandra mergulhado na personagem e tudo mais aquilo que todo mundo já sabe. então é claro que eu reclamo. o diretor escolheu fazer assim, o filme é dele. pra ficar do jeito que eu achava que deveria ser eu teria que virar diretora e eu não tenho a menor intenção disso. então as coisas aconteceram assim. o diretor fez bem o que ele quis, eu fiquei protestando algumas coisas que parecem irrelevantes mas para mim não são e os outros, os que não escrevem e não fazem cinema, ficaram entendendo tudo errado, só para variar um pouco. mas é assim mesmo. ninguém entende nada, adoram criar umas polêmicas que não existem, pintar o autor de ególatra, de personalidade difícil (rarara, adoro, é tão besta que fica engraçado) e inventar umas coisas por total ausência de outra para falar. eu quero mesmo é achar uma casinha pra morar com a cata e ele e os gatos, terminar meus livros, parar de responder as mesmas perguntas e operar os olhos que essas lentes estão me matando. o resto não tem me interessado muito, francamente.

hoje começa esse evento no sesc consolação, dura esses dias aí e vai ser massa, parece.

ó.



até mais tarde a quem for, então.

Sunday, August 10, 2008

aonde está o amor?

hoje teve show do nico. foi lindo. fuerte. chorei, até. belíssimo. agora nem consigo falar mais nada. só que todo mundo aplaudiu de pé duas vezes e que eu morri de orgulho como se ele realmente fosse meu tio como metade do mundo acha. tem gente que parece que partilha o sangue sem ter parentesco. é assim.
e aí estavam lá várias pessoas que eu não via há tempos e estava o jorge furtado por quem tenho uma grande admiração desde os 10 anos de idade quando ganhei um prêmio de redação na escola (era um pato de pelúcia amarela) escrevendo na voz de um porco da ilha das flores e foi muito legal encontrá-lo e a nora e o giba e o zé pedro que dirigiu o show do nico. às vezes é bom estar na terra natal e encontrar umas pessoas que ajudam a lembrar de onde você realmente vem.

o resto
é baconzitos.

Saturday, August 09, 2008

blablablabla de novo

porto alegre, fumacinha saindo da boca, silêncio em um quarto que nunca foi meu e uma irritação na garganta que nada tem a ver com o frio. estou aqui porque domingo estarei na abertura do festival de cinema de gramado. ééé. o filme, aquele que não é meu. sobre o filme, vou dizer só mais isso, então:

1. aquela moça do filme não é alterego algum meu. alterego meu chama camila chirivino e está nos meus livros.
2. os textos que aparecem escritos na tela não são de minha autoria. gostaria que isso ficasse muito claro a todos. há quem ache isso irrelevante, menor do que o filme. certo. eu não acho. os textos que aparecem escritos na tela do cinema não são de minha autoria.
3. esse papo de texto confessional diminui qualquer literatura. eu nunca vi nenhum texto de homem ser chamado de confessional, mesmo que seja descaradamente autobiográfico. é um termo usado exclusivamente para textos escritos por mulheres. que coisa, né? então acho que rejeito esse negózdi confessional. quem confessa pra mim ou é aquele que vai cochichar seus pecados ao padre na gradezinha lá do confessionário, ou o sujeito que confessa um crime. textos não confessam nada. alrite?
4. tá tudo errado, porra. como já disse peréio. a preguiça tomou conta do mundo. e agora parece que os blogs inventaram a litetura que empresta vida. não é ridículo? é completamente ridículo. blog não deveria nem ser mais pauta. porque blog não existe sem conteúdo. o conteúdo sim, é pauta. o papo já ficou velho, amigos. mudem de assunto.
5. encontrei o marião lá na merça e ele me entendeu. ficam aí achando que tudo que falamos é pra criar polêmica, que é ego, que é isso e aquilo. ninguém é capaz de entender um autor tentando defender a sua obra. é tão simples.
6. vou ler carmen da silva que é muito melhor do que isso tudo de ficar tentando explicar qualquer coisa a quem já tem o texto pronto e só busca argumentos para respaldo.
7. domingo. gramado. parece que vai ser legal. parece.
8. abracinho,
9. c.

Wednesday, July 30, 2008

• Tiki Twist | Quinta 31/7, 22h

Nesta quinta-feira a Tiki traz o trio Surfadelica para agitar os coqueiros do CB. Como o próprio nome da banda sugere, Carlos Nishimiya e o Surfadelica exploram o lado obscuro do surf, com pitadas psicodélicas, batidas garageiras e doses leves de rock progressivo. Surf viajante, literalmente. Clique para ouvir. A diva Clarah Averbuck é a DJ convidada da noite. DJs: João Gordo, Sergio Barbo e Psycho. Tiki Lounge: Nelson Hawaiian Dreams. Atenção: Abre às 22h. Promoção: Venha estiloso(a) e entre VIP (sujeito a aprovação pela hostess). Promoção #2: Ao pedir o prato do dia na Casa Belfiore (R. Souza Lima, 67), de terça à quinta-feira, você entra com 50% de desconto na Tiki no CB. Promoção #3: Ao pedir o Tiki Beef Curry Sandwich a cerveja Eisenbahn Pale Ale sai por R$ 3,50. Entrada: R$ 12 (nome na lista) ou R$ 18 (porta). Lista: tiki@cbbar.com.br.

copipeistei bem direto do email que o saico mandou, sem pudor. porque eu tô gripada, minha filha mei doente e tá tudo aí, né? tãotá.

Wednesday, July 23, 2008

far-oeste

cuyaba, uma milhão de graus. o calor distorce o caminho e os mosquitos me devoram. já estou quase acostumando. quase gostando. no sebo da rua antônio maria encontrei um livro de uma escritora gaúcha que fugiu para o uruguay chamada carmen da silva. o livro é sangue sem dono e é demais, demais, demais. soco na boca, fogo nas entranhas, fenômeno sem nome na lombada por R$ 6 em um sebo sem pechichas.

nome próprio continua em cartaz. halellujah. vão ao cinema, levem os primos maiores de 16 anos. com tudo que falo pode parecer que não gostei, mas não. vocês é que não entenderam. ou talvez eu é que não saiba falar. eu sei é escrever.

cuyaba, uma eletricidade no ar, uma vontade de me deixar levar pelo que não conhecia há tempos, mais ou menos 1600 quilômetros de estrada e na volta a gente joga o jogo, toma umas e se entende como der.

a vida parece que anda ficando boa de novo.

abracinho,

c.

Monday, July 21, 2008

aiaiai






Saturday, July 19, 2008

mato

tem uma galere que tiraria zero se tivesse que passar por uma prova de interpretação de texto na vida adulta. pelo menos nisso eu ia bem na escola - a todo o resto não dava atenção. não tentem em casa, crianças. não tem problema, viu, alguns sebos têm uns livros com ficha de leitura preenchida, aqueles livros do professor, sabe? vi até um malagueta, perus e bacanaço esses dias. ainda há tempo. CORRÃO
.
.
.
não, não, vamos começar tudo de novo.
porque hoje eu comprei um bandolim para o meu namorado que amanhã faz anos e porque ontem joão antônio foi presente. abri o dedo-duro e lá estava ele, como sempre, falando e eu calando.

Uma ave noturna

Vive-se.

Se se é uma chaga viva, nervo exposto, tontice. Ninguém vê. Meu trabalho tem sido, quando presta, disfarçar isso.
Meu pecado é que as manhãs foram feitas para a meditação. As tardes para a contemplação. E as noites, estas sim, para a concentração e a construção. Nelas, expludo.


hoje tem glória, vou tocar meus negão e me entender com eles, que já morreram e sabem mais. eu nunca queria ter que conhecer nenhum deles. nem eles, nem o j.a., nem j.f., nem c.b., nem p.l. deixa que eu falo com eles daqui, me entendo melhor assim, com monólogos, eles de lá e eu daqui.

amanhã eu fujo para a floresta que isso aqui está me tirando os ares.

um beijo e um abracinho,

c.

Wednesday, July 16, 2008

incríveis criaturas abissais

hoje tem um debate lá na fnac pinheiros sobre adaptação, às 19h. estaremos eu, murilo salles, xico sá e marcelino freire. prometo estar sóbria e não interromper muito as pessoas. mentira. eu não consigo falar em público sóbria. prometo estar um pouco mais sóbria, apenas.

sobre todo o resto, é o seguinte:



incrível polvo abissal que usa botas



outra formidável criatura abissal, que usa seus pequenos tentáculos e uma bomba de água sugada e cuspida diretamente do oceano para se movimentar


e é tudo que eu tenho a dizer sobre o assunto.

Tuesday, July 01, 2008

ontem e hoje

quando começam a me fazer questionar demais o ato de escrever,
eu perco o tesão.
é como questionar qualquer tipo de tesão. o simples fato de buscar uma explicação já tira o sentido da coisa toda.

isso aqui tudo está ficando, além de obsoleto, um tanto desinteressante, sexo morno de casal que nem se olha mais. e como eu não sou funcionária pública de persona alguma, acho que vou ali dar uma respiradinha.

pronto, conseguiram.
me broxaram de tanto espremer.

um dia no rio, uns dias no sétimo céu, vamos ver se a vontade volta.
ela volta, eu sei.
é só eu parar de atender o telefone.

Aluga-se

(publicado na revista da folha na semana passada)

Sete anos, cinco casas. Dois lares e uns muquifos. Pinheiros, Vila Madalena, Vila Mariana, Santa Cecília. Agora é Consolação. Sou vizinha da Augusta e das moças na viração. As meretrizes, o róque, as luzes vermelhas subindo e as brancas descendo, os néons piscando, aquele clima de proibido-mas–não-muito. Meu apartamento enorme num prédio meio fuleiro, o zelador com delirium proprietarius agudo e vizinhos que dão festas e convidam. O glamour da decadência, a rua esburacada, ninguém se olhando ao passar. Uma, duas, três mil luzes na Avenida São João e os cinzentos vagabundos por aí. Pra mim chega. Estou farta das minhas janelas e da bunda do vizinho do prédio em frente e do outro taradão de bigode que vive tentando esticar o olho para o meu quarto, debruçado na varanda caçando um peitinho. Horizonte nenhum em nenhum lugar. Pra mim chega. Anoto placas de aluga-se compulsivamente. Visito prédios com corretores gagos e suadores crônicos, cafonas genuínos e faladores compulsivos. Meu deus como é terrível procurar um lar. Eu tinha esquecido. Sete anos e cinco casas – quatro nesta última. Indo de um lado para o outro na minha condição de retirante desabonada, as caixas rasgando, o colchão estragando, os pertences se perdendo. Depois veio um dinheiro e com ele este apartamento e móveis e alguma dignidade. Eu era feliz aqui. Por mais decadente que a rua fosse. Por mais mal-educados que fossem os donos dos cães & seus detritos. Ah, a falta de civilidade. Os maninhos folgados na frente do meu prédio sempre atiçando aquele maldito cão furioso e gritando uns com os outros. A pizzaria que trocou o lado da rua e virou boteco bagaceiro atraindo todo tipo de chinelagem. Pra mim chega. Eu e ele andamos pela Vila Madalena procurando uma casinha, um lugar onde os gatos possam se esparramar ao sol, minha filha possa correr e nós possamos fazer todo o barulho que bem entendermos tocando música a todas as horas do dia e da noite. Nada. Nenhuma casinha. Uns apartamentos apertados, umas paredes finas, claustrofobia. Prédios com cara de hotel, novos demais, sem vida alguma. Que fosse então um apartamento antigo com banheira, azulejos intactos e chão de taco. Não temos nada nesse perfil agora, senhora. As semanas passam e continuamos aqui, as camisinhas carregadas com a porra de outrem jogadas na calçada pela manhã, o trânsito ensandecido e suas buzinas histéricas e a escola ao lado perturbando o sono quando é festa. Pra mim chega. Não é possível que não exista um lugar pra mim nesta cidade enorme. Tem que ter, eu penso. Tem que ter. E continuo ligando para as imobiliárias. Uma hora aparece. Eu acho.

Monday, June 16, 2008

desculpe a ausência,

estamos trabalhando para melhor pagar as contas.

e sexta estarei em belorizonte, participando do 3o. seminário de diversidade cultural:




tem que se inscrever. os números estão ali. clica com o dedinho pra ver direitinho.

depois eu, daniel poeira e rodrigo james estaremos na nossa própria transmetropolitan, a festa que não ocorreu - mas ocorrerá. isso n'a obra, sexta, dia 20, horário de festa. não precisa se inscrever. mas podem me pagar uns drinks que eu aceito.



no sábado, 21, eu disco-teco no velvet club. mas não sei muito mais sobre isso. é assim: a partir das 23h:
rock ittt! nudja (residente), dinah verleun e moi com minhas músicas de negão.

aí eu vou vir pra casa cansada, com as malas todas desarrumadas, deixar tudo na sala, me jogar na cama e pensar que estou velha pra essas coisas, que o corpo não agüenta mais, que eu quero morar numa casinha em uma rua com árvores e sol e silêncio e todo aquele blablabla.

vai ser legal.


 
 

TUDO TINHA MUDADO. Menos o que ficou igual.

  • Vida de gato
  • Das coisas esquecidas atrás da estante : esgotado, procure nos sebos!
  • Máquina de Pinball
senso*