perdendo o poder do discurso
depois de pegar um taxista que não sabia onde ficava a heitor penteado que me atrasou a vida toda horrores, gravar a música lá, tomar uma garrafa de vinho e sair com outra de conhaque debaixo do braço, cheguei na campus party trocando as pernas. não era a minha intenção, mas enfim, aconteceu. eu pretendia dar umas voltas e fuçadas por lá, umas postadinhas, encontrar uns amigos, mas no fim das contas só vi a helena muito rapidamente através do vidro da sala de imprensa e quando chegou a hora de falar eu já não sabia mais nem o nome da minha mãe. que puxa. não lembro direito o que disse, mas lembro da cara das pessoas que lá estavam, algo do tipo "what the fuck?", oh well. tenho certeza que não falei as mesmas coisas de sempre, o que já é bom, de certa forma. lembro de batizar um livro com conhaque. lembro de pensar que não tinha nada a ver com aquilo tudo, apesar de ser uma moça da internet assumida, com blog, flickr, fotolog, twitter e todas essas coisas. eu tinha pensado em falar exatamente sobre isso, em como é ultrapassado o estereótipo de geek que fica em casa com seus óculos e suas espinhas e suas pizzas e seus amigos, mas esqueci. não vi nada. não é um bom lugar para se estar bêbada. ou tão bêbada. mico geek total. vou tentar passar lá hoje antes do show do vanguart pra devolver a credencial e ver se acho meu celular, que eu talvez tenha perdido lá ou esquecido no táxi mesmo, aí eu dou uma olhadinha sóbria em tudo por lá. espero que ninguém aponte e ria. desculpe, gente. as coisas saíram um pouco do controle no dia de ontem. mas hoje de manhã, quando abri os olhos, apesar da dor de cabeça e das lacunas de memória e de não saber onde estava meu celular, vi que estava exatamente onde queria estar. yeah. pelo menos eu sei voltar pra ele.
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ih,
acabei de ver que acabou.
como é que eu vou achar o meu celular agora?
damnit.
já era. bem feito.